terça-feira, 24 de maio de 2011

"Quarteirão Cultural" e "Praça das Artes Cultura e Memória"

Você já ouviu falar no "Quarteirão Cultural"?

Foto: José Carlos Almeida
Em 22 de julho de 1999 foi inaugurado esse projeto interessante da 6ª Etapa do Programa de Recuperação do Centro Histórico de Salvador, do Governo do Estado da Bahia, englobando 18 construções, que integram o "Quarteirão Cultural" e que tiveram seus quintais aproveitados para a criação da "Praça das Artes, Cultura e Memória". Edifícios onde já funcionavam equipamentos culturais ou que os receberiam ao longo do desenvolvimento do projeto (museus, galerias, cinemas, teatros, livrarias, cafés, ateliês, etc.).

Entre os equipamentos existentes na época estavam: a própria "Praça ACM"; Museu Tempostal (Rua Gregório de Mattos, 33); Teatro XVIII (Rua Frei Vicente, 18); Centro Cultural Solar do Ferrão (Rua Gregório de Mattos, 45), com o Museu Abelardo Rodrigues e diversas galerias. Em 05 de fevereiro de 2000 foi inaugurado o Bahia Experience (Rua Ângelo Ferraz, 2 e 4), primeiro cinema 180° do Brasil. Também foram inaugurados no local: Cinema de Arte Glauber Rocha (Rua Frei Vicente 12 e 14); Escritório da UNESCO (Rua Gregório de Mattos, 39); Instituto da Hospitalidade (Rua Frei Vicente, 16); e Centro de Referência Cultural da Bahia.

Teatro XVIII
Instituto da Hospitalidade
Havia também intenção de instalação: da Vitrine do Restauro (Rua Gregório de Mattos 31), parceria entre IPAC, Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e Fundação Ricardo do Espírito Santo, de Portugal); de uma livraria para venda de obras editadas pela SECULT/BA e pela FUNARTE (Rua Gregório de Mattos, 43); e de uma biblioteca da BAHIATURSA.

O projeto da Praça foi assinado por Denise Milan e Eliana Kertész.
Foto: Marisa Viana

Sobre a antiga "Fonte do Maciel" (do século XVII), 
redescoberta durante as obras de criação da Praça, 
Denise Milan compôs a obra "Redenção do Pelourinho", 
utilizando quartzos azul, verde e branco, além de granito azul bahia. 
A obra representa o "pilori", coluna onde eram castigados 
e expostos os malfeitores de antigamente.
Foto: Fundação Gregório de Mattos

Eliana Kertész é autora da fonte luminosa "Maria da Praça", 
com escultura em fibra de vidro e base de granito.
Foto: Fundação Gregório de Mattos

O grande e belo painel/mosaico é obra do artista Bel Borba.
Fotos: Nina Sargaço - www.ceramicanorio.com 

É de Goca Moreno a fonte "Dança dos Arcos".
Foto: SECULT/BA.
Há ainda na na praça uma imensa imagem de São Miguel, obra de Osmundo Teixeira. As estruturas de um banheiro e de fornos de uma padaria, ambas do século XIX, também localizados durante obras de criação da Praça, foram deixadas à mostra.

No subsolo da Praça foi implantado um estacionamento em três níveis com capacidade para 546 veículos, com acesso pela Av. J. J. Seabra (Baixa dos Sapateiros).

R$ 8,2 milhões foram investidos no projeto, financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID e Banco do Nordeste, através do PRODETUR (Programa do Governo Federal).


Deve-se a este projeto a transferência do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia - IPAC para a Rua 28 de Setembro, pois possibilitaria a utilização de todo o Solar do Ferrão para instalação de equipamentos culturais como museus, galerias, bibliotecas, entre outros.

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