Dentro desses limites estão localizados alguns dos mais importantes
monumentos da arquitetura religiosa e civil do Brasil […]. O nome “Largo do
Pelourinho” deve-se a denominação popular, guardando a memória trágica da
ultima localização do pelourinho,
onde “se suplicavam os criminosos e a forca onde se executava os condenados à
última pena, como se lê nas notas do historiador baiano Braz do Amaral, na
Carta I, de Luís dos Santos Vilhena, o célebre professor de grego, criador da
expressão soteropolitano, para
designar o natural da cidade do Salvador, derivada das palavras gregas sotero e polis – que significam salvador e polis = cidade.
Esses instrumentos de suplício e morte foram construídos em frente ao
edifício da Câmara, Levantados por Tomé de Sousa. Teodoro Sampaio, na “História
da undação da Cidade do Salvador”, afirma a primeira localização do pelourinho
na Praça da Cidade, em face da Câmara e das casas do Governo e em torno do
pelourinho que de começo ali se assentava.
O Governador D. Diogo Botelho, mudou os instrumentos da justiça,
naturalmente para livrar o incômodo e desagrado da vista da frente do seu palácio
de residência para o Terreiro de Jesus, mas ali também não ficariam. Ainda
segundo Braz do Amaral, “por causa dos gritos dos açoitados que perturbavam
pela manhã as missas e cerimônias religiosas dos Jesuitas, pelo que foram tais
execuções transferidas por ordem do Rei para a Porta de S. Bento."
Mais tarde foi mudado outra vez o lugar das execuções para a Praça José
de Alencar, mas que o povo dá agora o nome de Largo do Pelourinho […].
Segundo Salvador de Ávila, em 7 de setembro de 1835, por Decreto do
Senado da Câmara, nessa mesma data, e a requerimento da Patriótica Sociedade 2
de Julho, foi extinto o pelourinho como instrumento punitivo, ficando dele o
nome trágico que o povo não pode esquecer.
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