Casa das Sete Mortes, pertencente a Casa Pia dos Órfãos de São Joaquim e tombada pelo IPHAN em 1943. Foto: Ana Góis, 2010. |
A denominação remete a uma série de crimes cometidos em seu interior no ano de 1755, conforme registro no Arquivo Público do estado. Na ocasião foram assassinados a facadas, o Padre Manuel de Almeida, dois escravos negros e um liberto pardo. O crime ficou impune mesmo após longa apuração.
Vejamos mais alguns dados cronológicos sobre o imóvel, disponibilizados pela assessoria de imprensa do IPAC, em 30/06/2010:
1795 – Casa pertence a D. Catarina de Senna da Silva Marinho;
1795 – Vistoria realizada pelos engenheiros Manuel Rodrigues Teixeira e Joaquim Vieira da Silva Pires propõe que seja feito uma sapata em todo o prolongamento do fundo e reforçado o ângulo da parte sul, com dois gigantes ou contrafortes, um em cada lado. Propõe ainda que se deveria esgotar a cisterna do pátio e tapar os condutores que conduzem água para ela;
1797 – Nova vistoria do Engenheiro Joaquim Vieira da Silva Pires recomenda que se faça com a maior brevidade, paredão no fim da ribanceira que ia dar na rua do Caminho Novo, no lugar em que caiu a casa em 1795, para evitar os prejuízos na casa que já se notavam no ângulo e cornija;
1881 – Morre Joaquim Esteves dos Santos deixando a casa para suas filhas Ana Inocência Esteves Alfama e Ernestina Esteve dos Santos Guimarães;
1890 – Sofre reforma registrada na cartela de mármore fixada acima da porta de entrada. Pode ter sido durante esta reforma que foram assentados os azulejos do séc. XIX da fachada, ocasião em que passaram a ser utilizados também na parte externa devido à facilidade de importação deste material;
1936 – A casa foi doada por Ernestina Esteves dos Santos Guimarães à Casa Pia e Colégio dos Órfãos de São Joaquim;
1947 – Desabamento de terra provocando destruição da velha cozinha revestida de azulejos e da varanda com grades de ferro.
1965 – Obras de limpeza e pintura sob a orientação do IPHAN.
2006 – Elaboração de Projeto de Restauração pelo IPAC;
2008 – Início das obras de restauração, em julho, licitadas, contratadas e fiscalizadas pelo IPAC, a cargo da Empresa Sertenge.
Após anos de deterioração, enquanto servia de abrigo para famílias de baixa renda, a casa levou dois anos sendo restaurada pelo IPAC, com recursos do Prodetur 2 (Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste) do Ministério do Turismo, através de financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), com a contrapartida do Governo da Bahia e aporte do BNB (Banco do Nordeste) no valor de um terço do total aplicado. Para a recuperação da Casa foram investidos cerca de R$ 3,1 milhões e as obras foram concluídas em 2010.
quero aqui louvar a manutenção do edifício historico e de grande importância no conjunto arquitetônico da Bahia, porém sem deixar de lamentar o impedimento a visitação por parte da Casa Pia dos
ResponderExcluirCOlégio do Orfãos de São JOaquim. Entendo haver a questao do cuidado co alunos, aulas, etc., enfim as atividades educacionais, mas convido a reflexao de que a visitação de interessados podem contribuir imensamente com a riqueza turistica da cidade, do estado e do país, pois afinal é um prédio quiçá um dos poucos dos mais antigos da cidade. fica meu depoimento, espero ter contribuido. martha tavares guedes.
1936 – A casa foi doada por Ernestina Esteves dos Santos Guimarães à Casa Pia e Colégio dos Órfãos de São Joaquim;
ResponderExcluirComo poderia esta senhora doar a casa se ela tinha a cargo um sobrinho que para ela era como um filho?