A origem deste batismo é explicada pelo professor Waldeloir Rêgo, em texto publicado no livro Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, onde se lê: “Em outro ponto da cidade onde existe uma baixada chamada Baixa do Bonocô, antes Gunocô, que é uma corruptela de Igunnukô, os negros se reuniam à noite para fazerem o ritual de Baba Jgunnukô, em volta de uma árvore sacralizada, distribuído eghó (milho branco cozido) enquanto dava meia-noite, quando Baba Igunnukô aparecia. Os fiéis que desejassem fazer consulta, tomavam de uma terrina branca, ekó (acaçá), vela e dinheiro e pediam o que queriam, para quando Baba Igunnukô chegasse responder as consultas feitas, de acordo com as terrinas que encontrava ao pé da árvore. Ao som de cânticos e toques, Baba Igunnukô dançava de um lado para o outro e quando avançava em direção contrária à área do ritual, traziam-no de volta, sempre dizendo Eçsó, avsó Baba (calma, caha, pai)”. Foi a partir dessa pequena área de culto afro que teve origem o nome que serve como batismo a todo o Vale do Bonocô.
Luiz Eduardo Dórea
DÓREA, Luiz Eduardo. Os nomes das ruas contam histórias. Câmara Municipal de Salvador, 1999, p. 15,16.
Para mim foi uma grande descoberta pois trabalhei em um Colégio da área e o mesmo foi construído no espaço onde funcionava o terreiro desse ilustre cidadão, Baba Jgunnukô que deu o nome para a Avenida, á árvore secular e uma Diretora pediu para extirparem.
ResponderExcluirEu passei a minha infância nesse terreno que hoje funciona o colégio estadual João Pedro Dos Santos tenho vontade de saber mais a respeito de tudo que envolve inclusive os donos do terreno
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