As rebeliões escravas que ocorreram na Bahia na primeira metade do século XIX tiveram
significativa participação de africanos escravizados trazidos do Sudão Central, região que
desde o começo do Oitocentos se tornara cenário de conflitos políticos de base religiosa,
iniciados com o jihad de 1804 liderado por Usuman dan Fodio. Milhares de vítimas dessas
guerras abasteceram embarcações negreiras que deixavam a Costa da Mina com destino à
Bahia. Foram africanos trazidos dessa região, sobretudo haussás adeptos de vários tipos de
devoção islâmica, os protagonistas de diversas conspirações e revoltas entre 1807 e 1816, a
mais séria das quais aconteceu em fevereiro de 1814, e envolveu escravos de Salvador e subúrbios
litorâneos.
João José Reis
Há duzentos anos: a revolta escrava de 1814 na Bahia
Topoi (Rio J.), Rio de Janeiro, v. 15, n. 28, p. 68-115, jan./jun. 2014 | www.revistatopoi.org
http://www.revistatopoi.org/topoi28/topoi28/TOPOI_28_A2.pdf
Porque há muito mais para conhecer sobre a história e cultura da primeira capital do Brasil. Precisamos popularizar o conhecimento que, felizmente, vem sendo amplamente recuperado e/ou produzido em institutos públicos e privados e nas universidades (toda contribuição é bem vinda aqui). Cidadão, estudantes e educadores soteropolitanos, este espaço é para vocês. Turistas também são muito bem vindos.
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