quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O encontro entre europeus e tupinambás

“A primeira impressão causada pelos índios aos “invasores” foi de surpresa, de inteiro desconhecimento daquela gente. A dos moradores da terra, obviamente, de espanto, admiração e desconfiança.

[...]

A primeira impressão experimentada pelos colonizadores em relação aos povos nativos foi sendo, paulatinamente, substituída por acentuada preocupação. Preocupação decorrente dos maus tratos impostos aos naturais da terra, como forma de dominá-los e subjugá-los, conforme se pode lar nos relatos jesuíticos. Como é compreensível, os aborígenes reagiram, com virulência, a esses atentados à liberdade de agir livremente em seus domínios, não tolerando a destruição de suas ocas e tabas, o rapto de suas mulheres, enfim todos os desmandos cometidos pelos invasores. É sabido que no tempo do governador Mem de Sé essas lutas foram sendo acrescidas por um clima de insegurança crescente. Os índios resistiam, cada vez mais, aos que tentavam escravizá-los, ameaçando a segurança dos engenhos e fazendas.”

Consuelo Pondé de Sena

SENA, Consuelo Pondé de. Os Tupinambá da Bahia. In: NASCIMENTO, Jaime; GAMA, Hugo. A Urbanização de Salvador em Três Tempos – Colônia, Império e República. Textos Críticos de História Urbana. Salvador: Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, 2011, Vol. I, pg. 17-19. 

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