quarta-feira, 24 de maio de 2017

Praça Municipal

E continuando nós os passos, fomos até a
Praça, onde nos sentamos junto à casa da Moeda,
e dali me mostrou (…) o Palácio dos Governadores,
a Casa da Relação e a Cadeia em que estão os presos.
NUNO MARQUES PEREIRA

Saindo da Rua Chile, o visitante vê uma praça quadrangular, que forma com seus edifícios, quase todos oficiais, o centro cívico da cidade. É  a Praça Municipal. Vendo-a hoje, ninguém poderá imaginar sua existência através de quatro séculos. Grandes acontecimentos ela presenciou. Quando praça de touros, corações femininos se emocionavam, assistindo àquele esporte, tão do agrado de nossa primeira sociedade colonial. Mas não só corações femininos ali fremiram: quando o sino do antigo Paço soava, conclamando clero, nobreza e povo para o sacrifício das lutas, ela se transformava em baluarte de resistência. Também testemunhou cenas degradantes, quando tinha o pelourinho da cidade.

Com os tempos e as transformações políticas, suas placas mudaram. E, assim, chamou-se Praça da Parada, do Palácio, da Constituição, do Conselho, Rio Branco, Tomé de Sousa. Mas o povo não toma conhecimento: ela é a Praça Municipal, tão amada pelo baiano, que nela viveu maremotos de comícios, quando o canto dos demagogos terminava em tiros e pancadarias.

A Praça Municipal é o eixo do centro cívico da cidade, com o Palácio do Govêrno, a Prefeitura, a Biblioteca Pública, a Imprensa Oficial e o Elevador Lacerda.

Darwin Brandão & Motta Silva. Cidade do Salvador – caminho do encantamento. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1958, p. 12.







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Após bombardeio (1912).










A Casa da Câmara, remodelada no século XIX.
www.cidteixeira.com.br
Praça Municipal em 1930. Fonte: CEAB/UFBA.









Foto: Spínola. www.cidteixeira.com.
Foto: Spínola. www.cidteixeira.com.








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