E continuando nós os passos, fomos até a
Praça, onde nos sentamos junto à casa da
Moeda,
e dali me mostrou (…) o Palácio dos
Governadores,
a Casa da Relação e a Cadeia em que estão os presos.
NUNO MARQUES PEREIRA
Saindo da Rua Chile, o visitante vê uma praça quadrangular, que forma
com seus edifícios, quase todos oficiais, o centro cívico da cidade. É a Praça Municipal. Vendo-a hoje, ninguém
poderá imaginar sua existência através de quatro séculos. Grandes acontecimentos
ela presenciou. Quando praça de touros, corações femininos se emocionavam,
assistindo àquele esporte, tão do agrado de nossa primeira sociedade colonial.
Mas não só corações femininos ali fremiram: quando o sino do antigo Paço soava,
conclamando clero, nobreza e povo para o sacrifício das lutas, ela se
transformava em baluarte de resistência. Também testemunhou cenas degradantes,
quando tinha o pelourinho da cidade.
Com os tempos e as transformações políticas, suas placas mudaram. E,
assim, chamou-se Praça da Parada, do Palácio, da Constituição, do Conselho, Rio
Branco, Tomé de Sousa. Mas o povo não toma conhecimento: ela é a Praça
Municipal, tão amada pelo baiano, que nela viveu maremotos de comícios, quando
o canto dos demagogos terminava em tiros e pancadarias.
A Praça Municipal é o eixo do centro cívico da cidade, com o Palácio do
Govêrno, a Prefeitura, a Biblioteca Pública, a Imprensa Oficial e o Elevador
Lacerda.
Darwin Brandão & Motta Silva. Cidade do Salvador – caminho do encantamento. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1958, p. 12.
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